Tuesday, November 21, 2006

Aquelas duas últimas semanas haviam sido péssimas, e eu sem entender o porquê. Até que, como que num passe de mágica, percebi que chorava uma morte e um nascimento. Algo em mim morria, para dar origem a uma pessoa diferente. Mais uma vez eu passava por uma transformação brusca. Isso é normal? Eu me pergunto. E já estou me respondendo: O que importa é que funciona! É assim que a minha balança interior equilibra.

Passa-se tanto tempo entre uma crise e outra, que esqueço o seu modus operandi, e me assusto, com medo de estar desenvolvendo algum mal psicológico. Momentos em que fico totalmente blasé, outros em que tudo me toca. É uma espécie de TPM em dose tripla. E nos momentos de reflexão, imaginando o que há de errado comigo, termino por encontrar pedacinhos de mim, que eu nem sabia que existiam. É quando percebo que esse é o momento de me livrar de algum lixo guardado aqui dentro. É hora de olhar o monstro nos olhos, mesmo sentindo dor.

Depois que renasço, experimento olhar o mundo com esses novos olhos. Tudo com o qual entro em contato provoca sensações novas. Eu não me reprimo diante disto, deixo que cada parte do meu corpo seja percorrida por elas. Há até coisas que eu abominava, e , após uma transformação mais íntima, passo a gostar tanto, que nem entendo como vivia sem aquilo.

Tenho medo de perder essa criança que carrego comigo, porque me mantém mais perto do divino, e essa pureza, não a quero perder. Mas também não posso deixá-la tomar conta de mim, esse momento já passou. Quando se tem a responsabilidade de trilhar o próprio destino, amigos, trabalho, lazer, estudos, tudo assume um outro valor. Afinal, são as escolhas que fazemos que determinam aonde chegamos.

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