Sunday, December 30, 2007

Nasce a manhã, cedinho,
Depois da madrugada,
No céu as nuvens, carneirinhos,
Iluminam a estrada

E o vento se faz sentir
Ora de leve, ora gritante,
Acaricia-nos roçagante


continua...
Enfim nos encontramos, você e eu. Eu observo os seus valores, seus princípios, sua retidão de caráter, e lhe admiro. E sinto tremores ao encostar meus lábios no canto dos seus, e desejo seu corpo em cada pedaço.
O que será feito disso, não sei. Qualquer dia eu, com as duas mãos, puxo sua cabeça, trago sua boca pra minha. Eu lhe roubo um beijo, e meus lábios carnudos vão despertar tesão. Pele querendo pele.
Então corro para as tintas, os pincéis, e transformo a sua existência dentro de mim em algo palpável, em algo que, diante de meus olhos, possa me remter a esses mesmo palpitarde coração, a essa mesma inquietação.
Descompassos de coração à parte, esse fulgor que me toma, lembra de uma parte de mim que ficou no passado. Que não deixo vir à tona no presente, porque cansa, esgota.

continua...

Monday, December 24, 2007

Qual será a ciência, ensinada no ensino médio, provinda da união da Psicologia, com a Biologia, ou mesmo com a Computação; que permita aos alunos compreender os processos neuropsíquicos pelos quais estão passando?
Formar cidadãos é uma das premissas da escola, então por que ela não se preocupa mais em ensiná-los a serem homens justos, dignos, honestos, etc.?
Natal

Eu quero renovar minhas forças, bebendo da minha própria alma, numa sede desatinada. Quero me digerir e me ruminar. Um dia ainda vou engolir a mim mesma, como uma cobra engolindo o rabo. Alguém testemunhará meu desaparecimento súbito, indolor, extasiado.

Wednesday, December 19, 2007

डेथ काम विथ थे निघत
टूक यू इन हेर आर्म्स
टूक यू आवे फ्रॉम मी

चोरुस:
सोम वोर्ड्स इ'ल नेवर से
सोम फीलिंग्स इ'ल नेवर फील
'कुस यू'रे गोने

थे स्टार्स रेमिंद मी ऑफ़ यौर एएस
थे सुन्सेट रेमिन्ड्स मी ऑफ़ यौर लिप्स
थे सी कोमेस ओवर थे सनद
बुत वहत इ सी इस यू ऎंड मी

रेपात चोरुस

इ कैन फील थे पोएट्री ऑफ़ यौर वौइस्
थे मेलोडी ऑफ़ यौर वोर्ड्स
यू'रे स्टील इन माय द्रेंस
यौर स्मेल इस स्टील ओं माय सकीं
यौर सोल इस स्टील इन माय ब्लड
ऎंड वी'ल अल्वाय्स बे क्लौड ऎंड रैन...
Meu dia todo foi escrever
De madrugadinha mesmo, eu já querendo papel e caneta,
Vendo o céu se abrindo em tons de cinza, amarelos e anis.
Eu dormi, sonhando em escrever sobre coisas irreais
Acordei e vim pro teclado, mas os dedos não quiseram acompanhar.
E me doeu me sentir assim tão seca diante das letras,
Partes das palavras que me angustiavam,
Como um filho vindo ao mundo.
Muda.
Fui lavar roupas. A roupa molhada me acariciando os seios.
E a lascívia, esquentando meu sexo,
Eu corro.
Aquilo tudo de vida que perspassou minha alma, tinha de ser poesia.
Voltando da cozinha, "vou escrever uma lista de compras!"...
Até chegar ao quarto e não lembrar sobre o que ia escrever... de manhã...
Mas de manhã eu ainda não tinha pensado com palavras,
Eram só os sussurros do fundo do peito lançando sementes na minha imaginação!
E eu, um pouco como quem se entrega,
Deixei esses versos, em vão, escapar.
As baratas são capazes de ler nossos pensamentos. Não todas, só as mais evoluídas. Elas conseguem antecipar-se a você, quando você vai matá-las. Se equilibram sobre as patinhas traseiras, e te dão um belo "olé!". Eu, definitivamente não amo às baratas.

Monday, December 10, 2007

Uma imagem flutuando diante dos meus olhos,
Curvas de uma onda alucinante;
Peso de olhares que inexistem,
As lágrimas no papel, palavras em meus olhos,
Escorrendo pelo meu rosto, como
Os pés de uma bailarina, pelos meus pensamentos;
Juras se perdendo ao vento,
Sussurros apaixonados chegam à minha pele,
Uma queimadura de terceiro grau,
Eu já não tenho amor nem coragem,
Parindo pombas negras e lésbicas,
Sofrendo com as línguas, navalhas?
Uma dor sufoca minhas têmporas,
Sugo a vida num canudo de plástico,
O sol se deita sobre a relva, com a graça
De duas amigas, duas luas, sem fases,
Sem frases, sem rumo, sem fim.

07/03/1998
[Acróstico]

Leva contigo meus pensamentos,
Agora, que não te tenho aqui,
Recebe nas tuas, minhas mãos,
'Inda que só na imaginação,
Sussurra ao vento, ele há de
Sossegar-me com tuas palavras,
Ainda que não estejas aqui.

Ata minha alma à tua,
Mistura meu sangue ao teu,
Assim, vai parte de mim:
Notas da minha música...
De ti, guardo parte que, toda, é tua:
Alma, mente e corpo "meus"...
Um beijo: duas bocas que se encontram
Abraço envolvente de línguas e lábios
Um ato de entrega, uma promessa
O fim de uma longa espera
Troca de saliva
Encontro de rio e mar
Um pedido, uma reza
Uma gota de orvalho caindo na terra
Uma fusão de almas
Um buraco negro
Um beijo...

26/02/2000