Monday, December 10, 2007

Uma imagem flutuando diante dos meus olhos,
Curvas de uma onda alucinante;
Peso de olhares que inexistem,
As lágrimas no papel, palavras em meus olhos,
Escorrendo pelo meu rosto, como
Os pés de uma bailarina, pelos meus pensamentos;
Juras se perdendo ao vento,
Sussurros apaixonados chegam à minha pele,
Uma queimadura de terceiro grau,
Eu já não tenho amor nem coragem,
Parindo pombas negras e lésbicas,
Sofrendo com as línguas, navalhas?
Uma dor sufoca minhas têmporas,
Sugo a vida num canudo de plástico,
O sol se deita sobre a relva, com a graça
De duas amigas, duas luas, sem fases,
Sem frases, sem rumo, sem fim.

07/03/1998

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