Thursday, April 03, 2008

Tempero de flor

Nome é nada.
Necessidade é coisa da carne
Calor que surge do ventre, da nuca, dos seios
Vividamente recomponho a cena
Minha boca, desespero
Suor, sexo, disso denso o ar
Coisa de imaginar
Coisas de comer
Tuas pernas, mil carícias
Nossa dança arrítmica
Nossos compassos de vertigem
Bebo-te
Afogamos em lascívia
Meus dedos a te penetrarem
Teus dentes a me penetrarem
Nossos olhos a se penetrarem
Me goze, me ria, me chore
Agatanhe-me as costas e gritemos!
E...
Nossos corpos dissolvidos tombam
Satisfeitos e sossegados
Dormimos lado a lado
Duas mulheres, duas crianças
Viva a nossa aliança!

No comments: