Thursday, July 05, 2012

Enquanto havia a lua imensa eu nem sabia de mim. Ela surgiu no horizonte e o tempo também parou para admirá-la. Ela nem sabe que estamos na Pós-Modernidade. Ela nem sabe que sujeito é mais atual que indivíduo. A lua simplesmente dança ao nosso redor, escondendo sempre o mesmo lado. O lado de lá é sempre o lado de lá.
Eu não sou assim, lua. Eu quero que todos os meus lados tomem sol, e que possam ficar na sombra também. Eu quero hidratar a minha pele, meu cabelo. Matar a sede da minha alma, dos meus ouvidos. Um pouco d'água pros meus desejos, mas essa a gente joga por cima, pra acalmar o fogo. Porque muita vez quero fazer piruetas pelo ar, como quando estou apaixonada. Como quando danço enamorada.

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